ode
Solucionador de equações diferenciais ordinárias
Seqüência de Chamamento
y = ode(y0,t0,t,f) [y,w,iw] = ode([type],y0,t0,t [,rtol [,atol]],f [,jac] [,w,iw]) [y,rd,w,iw] = ode("root",y0,t0,t [,rtol [,atol]],f [,jac],ng,g [,w,iw]) y = ode("discrete",y0,k0,kvect,f)
Parâmetros
- y0
matriz ou vetor de reais (condições iniciais).
- t0
escalar real (tempo inicial).
- t
vetor de reais (tempos nos quais a solução é computada).
- f
função externa (função, lista ou string).
- type
um dos strings seguintes:
"adams"
,"stiff"
,"rk"
,"rkf"
,"fix"
,"discrete"
,"root"
.- rtol, atol
constantes reais ou vetores com o mesmo tamanho que
y
.- jac
função externa (função, lista ou string).
- ng
inteiro
- g
função externa (função, lista ou string).
- k0
inteiro (tempo inicial).
- kvect
vetor de inteiros.
- y
a real vector or matrix. The solution.
- rd
a real vector
- w, iw
vetores de reais. Ver ode() optional output
Descrição
ode
é a função padrão para se resolver sistemas
de EDO explícitos definidos por: dy/dt=f(t,y) , y(t0)=y0. É uma interface
entre vários solucionadores, em particular a ODEPACK. O tipo de problema
resolvido e o método a ser utilizado dependem do primeiro argumento
opcional type
que pode ser um dos strings
seguintes:
- <not given>:
O solucionador
lsoda
do pacote ODEPACK é chamado por padrão. Ele escolhe automaticamente entre o método preditor-corretor não-rígido de Adams e a Fórmula de Diferenciação Retroativa (FDR) rígida. Ele utiliza o método não rígido inicialmente e monitora os dados para decidir qual método utilizar.- "adams":
Este é para problemas não rígidos. O solucionador
lsode
do pacote ODEPACK é chamado e utiliza o método de Adams.- "stiff":
Este é para problemas rígidos. O solucionador
lsode
do pacote ODEPACK é chamado e é utilizado o método FDR.- "rk":
Método adaptativo de Runge-Kutta de ordem 4 (RK4).
- "rkf":
O programa de Shampine e Watts baseado no par Runge-Kutta de Fehlberg de ordem 4 e 5 (RKF45) é utilizado. Este é utilizado para problemas não-rígidos e mediamente rígidos quando as computações de derivação não são custosas. Este método não é recomendado ser utilizado quando o usuário requer uma maior precisão.
- "fix":
Mesmo solucionador que
"rkf"
, mas a interface do usuário é bem simples, i.e. apenas os parâmetrosrtol
eatol
podem ser passados ao solucionador. Este é o método mais simples a se tentar.- "root":
Solucionador de EDOs com capacidade de encontrar raízes. O solucionador
lsodar
do pacote ODEPACK é utilizado. É uma variante do solucionadorlsoda
onde se acha raízes de uma dada função vetorial. Ver ajuda em ode_root para mais detalhes.- "discrete":
Simulação de tempo discreto. Ver ajuda em ode_discrete para mais detalhes.
Nesta ajuda podemos apenas descrever o uso de ode
para sistemas padrões explícitos EDOs .
A chamada mais simples a
ode
é:y=ode(y0,t0,t,f)
ondey0
é o vetor de condições iniciais,t0
é o tempo inicial,t
é o vetor de tempos onde a soluçãoy
é computada ey
é a matriz de vetores soluçõesy=[y(t(1)),y(t(2)),...]
.O argumento de entrada
f
define o lado direito da equação diferencial de primeira ordem: dy/dt=f(t,y). É uma função externa, isto é, uma função com sintaxe especificada, ou o nome de uma subrotina Fortran ou uma subfunção C (string) com seqüência de chamamento especificada, ou uma lista:Se
f
for uma função do Scilab, a sua sintaxe deve serydot = f(t,y)
, ondet
é um escalar real (tempo) ey
é um vetor de reais (estado).ydot
é um vetor de reais (dy/dt)Se
f
é um string ele se refere ao nome de uma subrotina Fortran ou uma subfunção C, i.e. Seode(y0,t0,t,"fex")
for o comando, então a subrotinafex
será chamada.A rotina Fortran deve ter a seguinte seqüência de chamamento:
fex(n,t,y,ydot)
, com n um inteiro, t um escalar de dupla precisão, y e ydot vetores de dupla precisão.A função C deve ter o seguinte protótipo:
fex(int *n,double *t,double *y,double *ydot)
t
é o tempo,y
o estado eydot
a derivada do estado (dy/dt)Esta função externa pode ser construída em um SO de modo indpendente através de ilib_for_link e ligada dinamicamente através da função do Scilab link.
O argumento
f
também pode ser uma lista com a seguinte estrutura:lst=list(realf,u1,u2,...un)
onderealf
é uma função do Scilab com a sintaxe:ydot = f(t,y,u1,u2,...,un)
Esta sintaxe permite utilizar parâmetros como argumentos de
realf
.
A função
f
pode retornar uma matrizp x q
ao invés de um vetor. Com esta notação de matriz, nos resolvemos o sisteman=p+q
de EDOsdY/dt=F(t,Y)
ondeY
é uma matrizp x q
matrix. Então, as condições iniciais,Y0
, também devem ser uma matrizp x q
eo resultado deode
é a matrizp x q(T+1)
[Y(t_0),Y(t_1),...,Y(t_T)]
.Argumentos de entrada opcionais podem ser fornecidos para o erro da solução:
rtol
eatol
são limiares para os erros relativos e absolutos estimados. O erro estimado emy(i)
é:rtol(i)*abs(y(i))+atol(i)
e uma intergração é feita enquanto este erro é pequeno para todos os componentes do estado. Se
rtol
e/ouatol
for uma constantertol(i)
e/ouatol(i)
são ajustados para esta constante. Os valores padrões parartol
eatol
são respectivamentertol=1.d-5
eatol=1.d-7
para a maior parte dos solucionadoresrtol=1.d-3
eatol=1.d-4
para"rfk"
e"fix"
.Para problemas rígidos, é melhor fornecer o Jacobiano da função do lado direito da equação como o argumento opcional
jac
. É uma função externa, istoé i.e. uma função com sintaxe especificada, ou o nome de uma subrotina Fortran ou uma subfunção C (string) com seqüência de chamamento especificada, ou uma lista.Se
jac
for uma função, a sintaxe deve serJ=jac(t,y)
onde
t
é um escalar real (tempo),y
é um vetor de reais (estado). A matriz resultanteJ
deve fornecer df/dx i.e.J(k,i) = dfk/dxi
comfk
= k-ésimo componente de f.Se
jac
for um sting, ele se refere a uma subrotina Fortran, ou uma subfunção C, com as seguinte seqüência de chamamento:No caso Fortran:
subroutine fex(n,t,y,ml,mu,J,nrpd) integer n,ml,mu,nrpd double precision t,y(*),J(*)
No caso C:
void fex(int *n,double *t,double *y,int *ml,int *mu,double *J,int *nrpd,)
jac(n,t,y,ml,mu,J,nrpd)
. Na maior parte dos casos, você não tem que se referir aml
,mu
enrpd
.Se
jac
for uma lista, as mesmas convenções que paraf
se aplicam.Os argumentos opcionais
w
eiw
e vetores para armazenamento de informações podem ser retornados pela rotina de integração (ver ode_optional_output para detalhes). Queando esses vetores são fornecidos no lado direito deode
, a integração reinicia com os mesmos parâmetros da parada anteiror.Mais opções podem ser fornecidas a solucionadores ODEPACK utilizando-se a variável
%ODEOPTIONS
. Ver odeoptions.
Exemplos
// ---------- EDO simples de uma dimensão (função externa do Scilab) // dy/dt = y^2-y sin(t)+cos(t), y(0)=0 function ydot=f(t, y), ydot = y^2-y*sin(t)+cos(t), endfunction y0 = 0; t0 = 0; t = 0:0.1:%pi; y = ode(y0,t0,t,f) plot(t,y) // ---------- EDO simples de uma dimensão (função externa codificada em C) ccode=['#include <math.h>' 'void myode(int *n,double *t,double *y,double *ydot)' '{' ' ydot[0]=y[0]*y[0]-y[0]*sin(*t)+cos(*t);' '}'] mputl(ccode,TMPDIR+'/myode.c') //criando o arquivo C cd TMPDIR ilib_for_link('myode','myode.c',[],'c',[],'loader.sce');//compilando exec('loader.sce') //linking incremental y0 = 0; t0 = 0; t = 0:0.1:%pi; y = ode(y0,t0,t,'myode'); // ---------- Simulação de dx/dt = A x(t) + B u(t) com u(t)=sin(omega*t), // x0=[1;0] // solução x(t) desejada em t=0.1, 0.2, 0.5 ,1. // A e a função u são passados para a função do lado direito em uma lista. // B e omega são passados como variáveis globais function xdot=linear(t, x, A, u), xdot = A*x + B*u(t), endfunction function ut=u(t), ut = sin(omega*t), endfunction A = [1 1;0 2]; B = [1;1]; omega = 5; ode([1;0],0,[0.1,0.2,0.5,1],list(linear,A,u)) // ---------- Integração com notação matricial da equação diferencial de Ricatti // Xdot=A'*X + X*A - X'*B*X + C , X(0)=Identity // Solução em t=[1,2] function Xdot=ric(t, X), Xdot = A'*X + X*A - X'*B*X + C, endfunction A = [1,1;0,2]; B = [1,0;0,1]; C = [1,0;0,1]; t0 = 0; t = 0:0.1:%pi; X = ode(eye(A),0,t,ric) // ---------- Notação matricial, computação de exp(A) A = [1,1;0,2]; function xdot=f(t, x),xdot=A*x;,endfunction ode(eye(A),0,1,f) ode("adams",eye(A),0,1,f) // ---------- Notação de matriz, computação de exp(A) com matriz rígida, Jacobian fornecida A = [10,0;0,-1]; function xdot=f(t, x), xdot = A*x, endfunction function J=Jacobian(t, y), J = A, endfunction ode("stiff",[0;1],0,1,f,Jacobian)
Bibliografia
Alan C. Hindmarsh, lsode and lsodi, two new initial value ordinary differential equation solvers, acm-signum newsletter, vol. 15, no. 4 (1980), pp. 10-11.
Funções Utilizadas
As rotinas associadas podem ser encontradas no diretório SCI/modules/differential_equations/src/fortran:
lsode.f lsoda.f lsodar.f
Ver Também
- odeoptions — ajusta opções para solucionadores de EDO
- ode_optional_output — descrição de saídas opcionais de solucionadores de EDOs
- ode_root — solucionador de EDOs com busca de raízes
- ode_discrete — solucionador de equações diferenciais ordinárias, simulação de tempo discreto
- dassl — Equação diferencial algébrica
- impl — equações diferenciais algébricas
- odedc — solucionador de EDOs contínuas/discretas
- csim — simulation (time response) of linear system
- ltitr — discrete time response (state space)
- rtitr — discrete time response (transfer matrix)
- intg — integral definida
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